Publicado em 01/08/2023.

Por Penélope Toledo (INCQS/Fiocruz)

Imagem da capa da publicação. Fonte: Ministério da Saúde

O projeto Sistema de detecção rápida e de baixo custo de genes de resistência em bactérias causadoras de IST não cultiváveis a partir de material clínico por qPCR-HRM, liderado pelo coordenador de pesquisa do INCQS/Fiocruz, Ivano de Filippis, compõe o inventário “Pesquisa e desenvolvimento em IST/HIV/Aids/Hepatites Virais no Brasil”, do Ministério da Saúde (MS). Está disponível na página 44 da publicação.

O projeto foi desenvolvido em parceria com a Neolab Análises Clínicas/RJ e com o Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP/PR). Teve como objetivo desenvolver um método de detecção rápida e com baixo custo dos principais agentes das infecções sexualmente transmissíveis (IST) bacterianas, que se apresentam com frequência como microrganismos com baixa recuperação por métodos laboratoriais convencionais.

A publicação do MS foi lançada recentemente e é composta por resumos de projetos e estudos financiados ou apoiados pelo Departamento de HIV/Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis (Dathi), do MS, entre 2017 e 2022. A obra reúne resumos de 45 projetos e dez subprojetos desenvolvidos por pesquisadores brasileiros.

Além de Ivano e do diretor do INCQS/Fiocruz, Antonio Eugenio de Almeida, as servidoras Débora Ribeiro de Souza Santos e Claudia Ferreira de Andrade compõem o projeto pela Fiocruz, enquanto Marco Antonio Pereira Henrique e Nicea Magaly Matias da Silva o fazem pelo Neolab.

Saiba mais sobre as IST

As infecções sexualmente transmissíveis (IST) são transmitidas por via sexual e podem ser causadas por vários tipos de agentes infecciosos. Entre as IST causadas por bactérias, estão a Chlamydia trachomatis, Neisseria gonorrhoeae (gonorreia), Treponema pallidum (sífilis), Streptococcus agalactiae – grupo B e Mycoplasma genitalium. Elas podem causar danos fetais e neonatais, neoplasia genital e infertilidade.

No Brasil, apenas os casos de HIV e de sífilis são de notificação compulsória, mas estima-se de 10 a 12 milhões de casos anuais de IST.

Novos métodos de diagnóstico molecular baseados na PCR, no entanto, possibilitam o diagnóstico e a detecção de genes associados à resistência a antibióticos. Portanto, pretende-se desenvolver um método de diagnóstico e detecção de genes de resistência rápido e de baixo custo dos principais agentes das IST bacterianas