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Publicado em 04/05/2019.
Por Penélope Toledo (INCQS/Fiocruz)

Imagem de Divulgação

Em 25 de janeiro de 2019, o mundo se chocou com o desastre ambiental em Brumadinho, Belo Horizonte, onde uma barragem de rejeitos de mineração pertencente à empresa Vale do Rio Doce se rompeu. Para calcular o risco de contaminação dos materiais biológicos dos bombeiros e dos animais utilizados no resgate das vítimas, o INCQS/ Fiocruz está realizando ações de análises laboratoriais.

A atribuição foi conferida pela Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (SVS/MS), juntamente com a Coordenação de Vigilância em Saúde e Laboratórios de Referência da Fiocruz, por ser o INCQS o laboratório do estado do Rio de Janeiro com condições de examinar tais materiais.

As amostras foram coletadas pelo Laboratório Central Noel Nutels (Lacen-RJ). Serão analisadas amostras de sangue, urina e soro dos bombeiros e dos animais usados no resgate para avaliar possível contaminação por metais.

Os exames são realizados pelo Setor de Elementos Inorgânicos do Instituto, do Departamento de Química (DQ), sob a coordenação do Núcleo Técnico de Saúde Ambiental (NT AMB).

“A importância deste trabalho é o monitoramento e a verificação da possibilidade do risco de contaminação após o contato endérmico dos bombeiros, animais e, mesmo, população local com a lama oriunda do rompimento da barragem”, explicou a coordenadora do NT AMB, Silvana do Couto Jacob, que também é a vice-diretora de Ensino e Pesquisa (VDEP) do INCQS.

 

Fiocruz:

Outras unidades da Fundação também se envolveram na colaboração a Brumadinho. O Instituto René Rachou (Fiocruz Minas) criou uma sala de situação em saúde na região, com o objetivo de para planejar ações de apoio às pessoas afetadas pelo rompimento da barragem e de coordenar as respostas dos serviços de saúde nesse contexto emergencial.

Além disto, pesquisadores do Observatório Nacional de Clima e Saúde do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz), e do Centro de Estudos e Pesquisas em Emergência de Desastres em Saúde da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (Cepedes/Ensp/Fiocruz) desenvolveram estudos para avaliar os impactos da tragédia sobre a saúde.