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Publicado em 13/09/2024.

Por Penélope Toledo (INCQS/Fiocruz)

Voluntários da Brigada Voluntária de Incêndio participam de treinamento. Fotos: Penélope Toledo (INCQS/Fiocruz)

Os profissionais surdos do INCQS/Fiocruz, juntamente com alguns ouvintes, passaram por treinamento da Brigada Voluntária de Incêndio (BVI), no mês de agosto, ministrado pela empresa Focus Resgate. A iniciativa foi promovida pela Coordenação-Geral de Infraestrutura dos Campi (Cogic/Fiocruz).

O curso contou com intérprete de libras.

“Outros profissionais do INCQS/Fiocruz já passaram por treinamento da BVI, mas sentimos falta de treinar nossos trabalhadores surdos, pois são os mais vulneráveis em situações de risco”, explicam Eliane Cardoso e Ricardo Merino, membros da Comissão Interna de Biossegurança (CIBio) e organi9zadores das atividades no Instituto.

O treinamento

O treinamento consistiu em três etapas:

•    exame médico – que identificou a aptidão do voluntário para passar pelas demais etapas;

•     aula teórica – ministrada pelo instrutor Álvaro Duarte. Abordou os principais conceitos relativos a propagação de incêndio, ações de prevenção e controle, tipos de extintores (água, gás carbônico, pó químico e espuma mecânica) e primeiros socorros, entre outros;

•    aula prática – ministrada pelo bombeiro civil instrutor Junior Coutinho e pela bombeiro civil monitora Juliana Gitahy, no centro de treinamento da Focus Resgate.

Os voluntários foram colocados em situações simuladas análogas às descritas na aula teórica:

- princípios de incêndio - provocados por líquidos inflamáveis, por equipamentos elétricos e por objetos sólidos (papel, madeira, tecidos).

- vazamento de gás de cozinha;

- evacuação de ambiente fechado em caso de incêndio;

- uso de mangueira de combate a incêndio;

- primeiros socorros em casos de acidentes;

- primeiros socorros em casos de parada cardiorrespiratória;

- primeiros socorros em caso de engasgamento infantil.

Projeto Empregabilidade Social da Pessoa Surda   

Os profissionais surdos do INCQS integram o Projeto Empregabilidade Social da Pessoa Surda. O objetivo é promover a inserção destes trabalhadores nas dependências da Fiocruz, por meio de postos de trabalho e processos formativos.

Em funcionamento desde 1994, conta hoje com 110 trabalhadores surdos, exercendo suas atividades em diversas unidades da instituição. O projeto é coordenado pela Cooperação Social da Presidência da Fiocruz e desenvolvido em parceria com a Coordenação-Geral de Gestão de Pessoas (Cogepe).