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Publicado em 29/11/2022.

Por Penélope Toledo (INCQS/Fiocruz)

Mychelle Alves trabalhando no laboratório. Foto: Pedro Paulo Gonçalves (INCQS/Fiocruz)

Mychelle Alves, chefe do Laboratório de Medicamentos, Cosméticos e Saneantes do Departamento de Química (DQ) do INCQS/Fiocruz, foi destaque da programação do Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz) no Mês da Consciência Negra. Ela apresentou a palestra ‘Trajetória de uma menina negra até chegar à pesquisadora da Fiocruz’ no dia 16 de novembro. A exposição está disponível aqui.

Em sua apresentação, Mychelle contou sobre sua origem, na favela Parque Proletário da Gávea e no Conjunto Habitacional Soldado Elias dos Santos (conhecido como Pombal de Cascadura), até se tornar pesquisadora do INCQS/Fiocruz e doutora em processos químicos e bioquímicos.

Falou, ainda, sobre o exemplo que teve em casa com sua mãe, que não chegou ao ensino superior, mas era explicadora, ensinava crianças e adolescentes, e lhe incentivou a buscar o ensino superior e oportunidades.

“A minha referência de mulher inteligente era a minha mãe, uma mulher negra. E eu me questionava muito por que a minha mãe não fez faculdade? Por que as pessoas ao meu redor não fizeram faculdade?”, contou Myhelle.

Por conta de seus questionamentos e desejos de mudança, Mychelle também seguiu atuando politicamente é hoje a presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Fiocruz, a Asfoc-SN.

O mês de novembro simboliza a resistência dos povos afrodescendentes à opressão e a sua luta contra o racismo.

O dia oficial da Consciência Negra é 20 de novembro, instituído pela Lei nº 12.519, de 10 de novembro de 2011, em referência à data em que Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares, morreu. Zumbi foi morto em 1695, por bandeirantes liderados por Domingos Jorge Velho. O quilombo localizava-se entre os estados de Alagoas e Pernambuco.