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Publicado em 22/06/2022.

Por Penélope Toledo (INCQS/Fiocruz)

Maria Helena Simões Villas Bôas, uma de suas editoras científicas da revista Visa em Debate (Foto: Pedro Paulo Gonçalves - INCQS/Fiocruz)

Ser um espaço para a discussão dos problemas vivenciados no dia a dia pelos pesquisadores e profissionais atuantes em vigilância sanitária. Com este objetivo a revista ‘Vigilância Sanitária em Debate: Sociedade, Ciência & Tecnologia (Visa em Debate)’, editada pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS/Fiocruz), é publicada há 10 anos, conforme relata uma de suas editoras científicas, Maria Helena Simões Villas Bôas.

A revista é exclusivamente online, trimestral, divulga artigos inéditos e originais sobre o tema e conta com o apoio da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Está disponível dentro do site do INCQS ou no site da própria revista 'Visa em Debate'.

Nesta entrevista, a editora científica Maria Helena Simões Villas Bôas nos conta sobre a criação do periódico, as preparações para a celebração de 10 anos da revista, suas expectativas para o futuro e explica quem pode submeter artigos e como fazê-lo.

Fala, ainda, sobre a importância do compartilhamento de conhecimentos na área de vigilância sanitária, sobretudo após o início da pandemia da COVID-19. Confira!    

1. Como e em que contexto foi o surgimento da revista ‘Vigilância Sanitária em Debate: Sociedade, Ciência & Tecnologia (Visa em Debate)’?

Maria Helena Simões Villas Bôas: Eu não participei ativamente deste momento, mas considero que a demanda foi gerada pela inexistência de um periódico que trouxesse a discussão dos problemas vivenciados no dia a dia pelos pesquisadores e profissionais atuantes em vigilância sanitária.

O surgimento foi reflexo de um esforço conjunto do diretor do INCQS/Fiocruz na época, Dr. Eduardo Leal, e de sua vice-diretora de Pesquisa, Ensino e Projetos Estratégicos, Dra. Isabella Delgado. Também colaboraram muito o Dr, André Gemal, também ex-diretor do Instituto e que veio a ser o primeiro editor-científico da revista, e da Dra. Ana Julia Calazans Duarte, que veio a ser a primeira editora-executiva.

 

2. ‘Visa em Debate’ é a única revista sobre vigilância sanitária do Brasil. Qual é a importância de uma revista sobre o tema, sobretudo neste contexto de pandemia da COVID-19?

Maria Helena Simões Villas Bôas: Sim, é a única revista que tem como tema a vigilância sanitária. Sua missão é publicar textos originais que contribuam para o estudo e o desenvolvimento desta área e de disciplinas afins, com o objetivo de disseminar conhecimentos aplicáveis ao campo da promoção da saúde, da prevenção de doenças e outros agravos à saúde, bem como da estruturação, organização e funcionamento do Sistema Único de Saúde (SUS) no âmbito da regulação do risco sanitário.

Logo no início da pandemia da COVID-19, em 2020, lançamos uma chamada para apresentação de manuscritos sobre a doença, que seriam avaliados em fast track (“procedimento acelerado”), em resposta à emergência sanitária decorrente da pandemia. Essa medida visava trazer agilidade na avaliação e rapidez na publicação, já que os trabalhos aceitos eram colocados em ahead of print (AOP - publicação avançada de artigos) na página da revista. Seguimos uma tendência mundial, já que qualquer informação sobre a doença era e ainda é relevante diante do cenário que vivíamos.

Assim, a revista iniciou sua contribuição com o compartilhamento de conhecimento ainda tão incipiente naquele momento. Foram lançadas duas edições exclusivas com o tema, porém até hoje ainda recebemos e publicamos trabalhos que trazem à tona a COVID-19.   

 

“É a única revista que tem como tema a vigilância sanitária.

Sua missão é publicar textos originais

que contribuam para o estudo e o desenvolvimento desta

área e de disciplinas afins.”

 

3. A revista completará 10 anos em novembro de 2022. Como a data será celebrada?

Maria Helena Simões Villas Bôas: Pensamos em um ano comemorativo. A revista pode ser considerada um periódico jovem e merece que todo esforço desenvolvido pela equipe - representada pelos editores científicos, editores assistentes, avaliadores, autores e secretaria executiva - seja refletido neste ano.

A princípio promoveremos uma oficina de redação de artigos e estão programados a publicação de um número temático comemorativo e a realizaremos de uma mesa-redonda em novembro de 2022.

 

4. Quais são as expectativas para o futuro?

Maria Helena Simões Villas Bôas: Nosso principal objetivo é consolidar o periódico e transformá-lo em um veículo de disseminação do conhecimento em vigilância sanitária que seja reconhecido pelas métricas tradicionais e alternativas.

Queremos atingir leitores que tenham interesse pelo tema, independente da origem, ou seja, composto pelos profissionais de serviços nesta área, acadêmicos, pesquisadores e também pela população em geral, já que a vigilância sanitária representa um eixo transversal que perpassa a vida de todos nós (saiba mais sobre a vigilância sanitária).

 

“Nosso principal objetivo é consolidar o periódico e transformá-lo em um veículo de disseminação

do conhecimento em vigilância sanitária que seja reconhecido

pelas métricas tradicionais e

alternativas.”

 

5. Quem quiser publicar artigo na revista, como deve proceder e quais os critérios de avaliação que deve se atentar?

Maria Helena Simões Villas Bôas: Primeira orientação é acessar nosso site. Nele os interessados poderão consultar todas as edições publicadas, nosso corpo editorial, entre outras informações.

Na aba ‘submissões’ estão disponíveis todas as informações referentes à submissão, desde as diretrizes para os autores até a política editorial da revista.