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Publicado em 19/05/2022.

Por Penélope Toledo (INCQS/Fiocruz)

Arte: Mariana Queiroz (INCQS/Fiocruz)

Durante mais de dois anos, o álcool etílico 70% e a máscara de proteção facial fizeram parte do cotidiano das pessoas. Os profissionais do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS/Fiocruz) recomendam a manutenção de alguns hábitos sanitários adquiridos na pandemia, mesmo com as medidas de afrouxamento dos cuidados.

Além disso, alertam para a importância da vacinação e da busca por informações sobre saúde nas fontes oficiais.

“Os hábitos e procedimentos adotados durante a pandemia continuam sendo eficientes para diminuir a transmissão não apenas do Sars-Cov-2, mas também de outros agentes infecciosos”, explica o diretor do Instituto, Antonio Eugenio de Almeida.

 

Álcool etílico em gel 70%

O uso do álcool etílico 70% para assepsia das mãos e higienização de superfícies e objetos é necessário, porque diariamente tocamos diversas superfícies e outras pessoas que podem estar infectadas por microrganismos, explica o responsável pelo Setor de Cosméticos e Saneantes do Departamento de Química do INCQS/Fiocruz, Leonardo Lopes. O Setor realiza o controle da qualidade deste produto.

Leonardo também reforça a indispensabilidade de lavar as mãos com água e sabão ao chegar da rua ou ao tocar em objetos de uso coletivo.

“A limpeza e higienização das mãos continua sendo uma das principais formas de prevenir-se de doenças. Isso porque quando tocamos em superfícies e pessoas infectadas e depois levamos nossas mãos à boca ou aos olhos, podemos nos contaminar com esses patógenos causadores de doenças”, declara.

 

Máscara de proteção facial

Novas para os brasileiros, as máscaras de proteção facial são usadas há muitos anos por povos orientais para se autoproteger e para evitar infectar os outros, já tendo sido incorporada aos seus hábitos.

“É recomendável o uso da máscara pessoas com sistema imunológico enfraquecido, doenças crônicas e quando estiver com suspeita ou sintomas de doença respiratória. Associado a isso, a higienização das mãos segue sendo fundamental para a proteção contra os vírus que se espalham por meio do contato próximo com pessoas sintomáticas ou assintomáticas. Também é indicado o seu uso em áreas internas de transporte público e centros de transporte, especialmente em locais mal ventilados”, esclarecem as representantes da Coordenação do Núcleo Técnico de Artigos de Saúde (NT-AS) do Instituto, Renata Dalavia e Ana Paula Alcides, que concederam uma importante entrevista sobre máscaras.

O NT-AS avalia a qualidade de artigos de saúde, entre os quais estão as máscaras faciais e as luvas descartáveis.

 

Vacinação

A corrida para se vacinar não deve se restringir à Covid-19, alerta a coordenadora do Núcleo Técnico de Produtos Biológicos (NT-PB), Maria Aparecida Boller, responsável pelo controle da qualidade de todas as vacinas do Programa Nacional de Imunizações (PIN).

“A vacinação é a forma mais eficaz e segura de se adquirir proteção contra uma doença infecciosa. Ela elimina ou reduz drasticamente o risco de adoecimento ou de manifestações graves, que podem levar à internação e até mesmo ao óbito”, declara, e acrescenta: “Se vacinar é um ato de cidadania. Protege quem se imuniza e diminui o risco dos agentes que causam doença circularem”, alerta.

As baixas taxas de vacinação têm preocupado a Organização Mundial de Saúde (OMS), que em seu novo plano estratégico de 2019 (13th General Programme of Work) apontou a hesitação vacinal (atraso ou recusa às vacinas) como uma das dez ameaças à saúde global que precisam ser combatidas.

 

Busca por informações sobre saúde nas fontes oficiais

No início da pandemia, a OMS declarou que o surto de Covid-19 e a resposta a ele estavam sendo acompanhados por uma enorme infodemia, definida como o “excesso de informações, algumas precisas e outras não, que tornam difícil encontrar fontes idôneas e orientações confiáveis quando se precisa”. Ainda de acordo com a OMS, esta situação contribuiu para o desespero da população.

Para evitar confusão, dúvidas sobre a veracidade das informações e/ou prejuízos à saúde individual e coletiva por conta das fake news, o INCQS/Fiocruz aconselha que as pesquisas e buscas por informações sobre saúde sejam adquiridas junto às fontes oficiais das informações, como os canais de comunicação das instituições públicas da área. 

Além de seu site, o INCQS conta com páginas nas seguintes redes sociais:

- Instagram: https://www.instagram.com/
- Facebook: https://www.facebook.com/fiocruzincqs/?ref=pages_you_manage
- YouTube: https://www.youtube.com/channel/UCcJmQb64EdpT7-sQSO0nYcQ

 

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