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Publicado em 02/09/2021

Por Penélope Toledo (INCQS/Fiocruz)

Imagem de Divulgação 

Consciente de que não basta promover a inovação em Vigilância Sanitária, mas também pensar no acesso da população a ela, o chefe do Departamento de Política de Medicamentos e Assistência Farmacêutica da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (Ensp/Fiocruz), Jorge Bermudez, ministrou a palestra ‘Inovação e acesso a tecnologias: custo, preço e perspectivas’, em 26 de agosto.

A apresentação foi feita durante o ‘Visa em Foco: Inovação em vigilância sanitária e o controle da qualidade de produtos’, evento que integra as comemorações do aniversário de 40 anos do Instituto, a ser completado em setembro.

Na palestra, Bermudez falou sobre a política industrial no Brasil com foco na inovação; marco regulatório da Ciência, Tecnologia e Inovação no país; discussões da 16ª Conferência Nacional de Saúde, em 2018; e os custos para o desenvolvimento de medicamentos inovadores.

O palestrante também discutiu a ‘Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável’, modelos de acesso a tecnologias; campanhas de aceso a medicamentos essenciais; assimetrias do mercado farmacêutico mundial, monopólios e busca por soluções para as incoerências políticas no contexto das tecnologias em saúde, entre outros aspectos.

O chefe do Departamento de Política de Medicamentos e Assistência Farmacêutica defendeu, ainda, a quebra de patentes da produção das vacinas contra a Covid-19 como forma de proporcionar o acesso universal, visto que hoje os países mais desenvolvidos vacinaram ou estão vacinando suas populações, enquanto os menos desenvolvidos não têm o imunizante. O tema é alvo de debate mundial:

“A propriedade intelectual é uma barreira ao acesso. Inovação sem acesso é um ‘apartheid’ das vacinas Covid-19”, declarou.