pt Português en English es Español
 

Publicado em 02/08/2019
Por Penélope Toledo (INCQS/Fiocruz)

Imagem: Luciana Medina/Fiocruz

Primeiro diretor-geral de Saúde Pública do Brasil e responsável pelas campanhas que conseguiram erradicar, no início do século XX, a varíola, a peste bubônica e a febre amarela, o médico sanitarista Oswaldo Cruz escreveu seu nome na História da saúde no país. Em referência ao seu nascimento, em 5 de agosto, são comemorados o Dia Nacional da Saúde e o Dia Nacional da Vigilância Sanitária.

Oswaldo Gonçalves Cruz nasceu em 5 de agosto de 1872, em São Luís de Paraitinga-SP. Ingressou na faculdade de medicina aos 15 anos, no Rio de Janeiro, e já então montou um pequeno laboratório no porão de sua casa e passou a publicar artigos científicos. Especializou-se em bacteriologia em 1896, no Instituto Pasteur, em Paris-FR.

No seu retorno ao Brasil, deparou-se com uma epidemia de peste bubônica no porto de Santos, ameaçando atingir também a cidade do Rio de Janeiro, já assolada pela febre amarela, malária e varíola. Incorporou-se ao Instituto Soroterápico Federal (embrião do Instituto Oswaldo Cruz - IOC/Fiocruz), do qual foi diretor geral em 1902.

Posteriormente, ampliou seu escopo de atuação dedicando-se também à pesquisa básica aplicada, à formação de recursos humanos na área da medicina sanitária e à gestão da área, sendo nomeado diretor-geral de Saúde Pública em 1903, cargo que hoje equivale a ministro da Saúde.

Enfrentou forte resistência da população no ano seguinte, quando instituiu a vacinação obrigatória contra a varíola, no episódio que ficou conhecido como Revolta da Vacina. A iniciativa teve efeito a longo prazo e em 1908, a população fez filas nos postos para se vacinar contra a doença. No ano anterior, já havia erradicado a febre amarela do Rio de Janeiro.

Rebatizou o Instituto Soroterápico Federal como IOC e dedicou-se a ele, com iniciativas de descentralização das ações sanitárias. Nesta época, erradicou a febre amarela do Pará e realizou a campanha de saneamento na Amazônia

Assumiu a prefeitura de Petrópolis em agosto de 1916, com proposta de um plano de urbanização, mas faleceu antes de implantá-lo, aos 44 anos, vítima de insuficiência renal.