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Publicado em 30/07/2019


Por Penélope Toledo (INCQS/Fiocruz)

Imagem de Divulgação

Importante para a saúde do corpo e da mente, a atividade física foi tema da palestra Exercício físico, saúde e qualidade de vida: como ressignificarminha relação com uma vida ativa, ministrada no INCQS/Fiocruz em 30 de julho, pelo educador físico Bruno Macedo, do Núcleo de Saúde do Trabalhador (Nust/Fiocruz). A palestra integrou o programa Circuito Saudável da Fundação.

O palestrante falou sobre a necessidade apontada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) de combate ao sedentarismo, pois este está associado ao desenvolvimento de doenças crônicas como obesidade, diabetes, hipertensão, colesterol alto etc.

Além disto, manter-se permanentemente ativo ajuda no fortalecimento dos músculos e ossos, na prevenção do surgimento de doenças cardíacas e osteoporose, na elevação da autoestima, na reação a situações de estresse emocional e em outros aspectos que remetem à qualidade de vida.

Algumas atividades sugeridas foram caminhada, corrida, natação, práticas esportivas, aeróbica e musculação.

“Mas não precisa necessariamente ser exercícios programados. Se a pessoa não tem tempo, pode mudar alguns hábitos cotidianos, como por exemplo ir trabalhar de bicicleta ou descer do ônibus alguns pontos antes e caminhar a pé”, incentivou o educador físico.

 

Saiba escolher os exercícios físicos:

A OMS recomenda os exercícios de acordo com a faixa etária. Assim, na infância e adolescência, entre 5 e 17 anos, a maior parte das atividades deve ser aeróbica, com a incorporação de atividades de alta intensidade, inclusive as que fortalecem os músculos e ossos.

Já às pessoas adultas, entre 18 e 64 anos, a OMS aconselha pelo menos 150 minutos de exercício aeróbico em intensidade moderada ou pelo menos 75 minutos em alta intensidade durante a semana, com tempo mínimo de 10 minutos a cada vez.

A mesma indicação se mantém aos idosos a partir dos 65 anos, com maior ênfase nas atividades de fortalecimento muscular. De acordo com a OMS, pessoas ativas nesta faixa etária mantêm a aptidão cardiorrespiratória, muscular e funcional, reduzindo o declínio natural do envelhecimento.

Na escolha dos exercícios mais apropriados, a pessoa também deve considerar seu prazer, segundo alertou o educador físico Bruno Macedo:

“A melhor atividade é aquela que você consegue manter ao longo da sua vida”, definiu, e completou: “é preciso descobrir que tipo de exercício você gosta, em que horário funciona melhor, se prefere ao ar livre ou local fechado, se sua motivação é maior em grupo ou individualmente e associar as atividades físicas a algo que te dê prazer, pois aí você vai querer voltar”.

 

Se exercite, mas respeite os limites do teu corpo!

Há que se atentar, porém, à forma com que os exercícios são praticados e ao volume de atividades, conforme ponderou o palestrante, para não sobrecarregar o corpo e para evitar lesões imediatas ou a longo prazo, devido aos movimentos repetitivos.

A recomendação é que os exercícios sejam feitos mediante o acompanhamento médico e de profissional de educação física, com equilíbrio, gradação (iniciar aos poucos e ir aumentando o ritmo) e respeito às dores e limitações do próprio corpo.

Além disto, a prática de atividades físicas deve ser combinada com uma alimentação saudável e outras mudanças de hábitos.