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Publicado em 21/06/2019.
Por Penélope Toledo (INCQS/Fiocruz)

Imagem de Divulgação

“A genômica (estudo material genético transmissível) está contribuindo decisivamente para um melhor entendimento da biologia e da transmissão das doenças infecciosas causadas por micobactérias (gênero de bactérias altamente patogênicas)”, declarou o chefe do laboratório de Hanseníase do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), Milton Ozorio Moraes, em sua palestra Assinaturas moleculares e pegadas genéticas em doenças micobacterianas, em 11 de junho, no INCQS/Fiocruz.

Na apresentação ele explicou que as micobactérias provocam doenças infecciosas como anemia falciforme, malária, hanseníase e tuberculose, dentre outras. E que o contato do patógeno (agente infeccioso) com o hospedeiro pode levar a alterações que subvertem o metabolismo da célula e reorganizam a expressão gênica da bactéria, o que favorece o seu crescimento e a progressão da doença.

Ainda de acordo com o palestrante, os estudos genômicos e a pesquisa por ascendência permitem o conhecimento dos mecanismos imunopatogênicos, das marcas genéticas das micobactérias e de sua variabilidade, possibilitando a caracterização do perfil genético da doença e, consequentemente, o diagnóstico precoce. Desta forma, é possível agilizar o tratamento para regular os níveis de autofagia da célula hospedeira durante a infecção.

A identificação é feita por meio da comparação do perfil dos genes dos indivíduos enfermos e de indivíduos saudáveis.

Biólogo e doutor em biologia celular e molecular pelo IOC/Fiocruz, Milton Ozorio Moraes é o coordenador do programa Inova Fiocruz.