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Publicado em 16/05/2019.
Por Penélope Toledo (INCQS/Fiocruz)

Imagem de Divulgação

Substâncias tóxicas produzidas por fungos, as micotoxinas podem contaminar alimentos agrícolas e rações, com efeitos tóxicos agudos e crônicos no homem e em animais. Formas alteradas dessas substâncias, as micotoxinas mascaradas, foram descobertas mais recentemente e se caracterizam pela dificuldade analítica para a sua detecção, conforme explicou o chefe do Laboratório de Alimentos do Departamento de Química (DQ) do INCQS/Fiocruz, André Sartori, em sua palestra Micotoxinas mascaradas em alimentos: tema emergente para a vigilância sanitária, no dia 9 de maio.

Em sua apresentação, o palestrante explanou sobre as micotoxinas mascaradas e seu menor potencial tóxico quando comparados aos precursores; regulamentação para micotoxinas no Brasil; níveis de ocorrência de contaminações em diversos alimentos como leites, queijos, cereais, castanhas, frutas secas, vinhos, especiarias, e produtos de cacau e chocolate, dentre outros; desafios analíticos para determinação dessas substâncias; e a importância do seu monitoramento em alimentos para a segurança.

De acordo com André, há carência de estudos sobre a formação, ocorrência, toxicidade e eficiência de conversão gastrointestinal destas substâncias. Tais conhecimentos, bem como as pesquisas de ocorrência podem subsidiar as autoridades de saúde pública na formulação de regulamentações específicas para essas substâncias.

Também é preciso desenvolver métodos analíticos confiáveis para a determinação simultânea de micotoxinas e micotoxinas mascaradas. Atualmente, a cromatografia líquida acoplada à espectrometria de massas sequencial (LC-MS/MS) tem sido a técnica analítica de escolha.

A pesquisa apresentada é um dos projetos do Instituto contemplados no Edital Inova Fiocruz. Também foi tema de reportagem da Agência Fiocruz de Notícias em 2016.