pt Português en English es Español
 

Publicado em 02/04/2019.
Por Penélope Toledo (INCQS/ Fiocruz)

Imagem de Divulgação

Um peixe de pequeno porte e com alta taxa reprodutiva está chamando a atenção da comunidade científica: o zebrafish. Para falar sobre a sua importância para a avaliação toxicológica, a chefe do Laboratório de Fisiologia do Departamento de Farmacologia e Toxicologia (DFT) do INCQS/Fiocruz, Renata Jurema Medeiros, fez palestra na Oficina Zebrafish: criação, manejo e pesquisa, realizada em 28 e 29 de março, no Instituto Vital Brazil (IVB).

Fotos: Arquivo Pessoal

O tema vai ao encontro ao projeto aprovado pelo Programa Fiocruz de Fomento à Inovação: Inova Fiocruz, promovido pela Presidência da Fundação, intitulado Implantação da plataforma Zebrafish INCQS/ Fiocruz.

“O zebrafish é um modelo animal consagrado mundialmente. Foi muito importante participar e poder contribuir com esta Oficina de capacitação. Além disso, a aprovação do projeto pelo programa INOVA foi um passo muito importante, pois viabilizará a implantação do laboratório Zebrafish INCQS/ Fiocruz inserindo o INCQS e a Fiocruz no que existe de mais moderno e atual na experimentação animal nacional e internacional, com baixo custo e possibilidade de atuação em diversas áreas da ciência como toxicologia, farmacologia, imunologia, doenças infecciosas, manipulação genética entre outras”, declarou Renata.

Também participaram do evento, do INCQS, a coordenadora do Núcleo Técnico de Produtos Biológicos (NT PB), Maria Aparecida Boller; a chefe do Laboratório de Vacinas Bacterianas e Soros Hiperimunes, Elizabeth Porto Lucas; a responsável pelo Setor de Soros Antipeçonhentos, Gabriele Fátima de Souza; Fábio Henrique Dias, do Departamento de Imunologia (DI) e Clarice do Canto Abreu, do Departamento de Farmacologia e Toxicologia (DFT).

Outros temas apresentados na Oficina foram a utilização do modelo Zebrafish em atividade de ensino, pesquisa e extensão; criação, manejo e sanidade animal; ensaios toxicológicos e farmacológicos; ecotoxicologia ( estudo da influência das substâncias tóxicas sobre o meio ambiente) para a preservação do meio ambiente; sexagem (determinação do sexo); manejo da espécie e acasalamento; Zebrafih como modelo para doenças infecciosas; seu uso no estudo da formação e do reparo muscular; ensaios farmacológicos e atividades práticas.

O evento foi promovido pelo IVB, em parceria com a Universidade Federal Fluminense (UFF).

   

 

Sobre o zebrafish:

O zebrafish (Danio rerio) é um peixe de água doce, que cerca de cinco centímetros quando adulto. Sua taxa reprodutiva é alta com embriões transparentes e 70% de homologia genética com os seres humanos, ele pode substituir ou complementar os estudos nestes animais.

Outros motivos para que se seja tão popular entre os pesquisadores são a rapidez do seu desenvolvimento, já que seu ovo evolui para larva entre 48 a 72 horas e ele se torna adulto aos três meses de vida, e a avaliação detalhada de estruturas e sistemas orgânicos ser facilitada pelo fato de ser transparente em estágio de larva.

O nome lhe foi atribuído por causa das linhas em suas escamas, sendo também chamado de paulistinha, em referência às listras da bandeira de São Paulo.

O zebrafish foi o primeiro animal a ser clonado, procedimento realizado pela Universidade de Oregon, nos Estados Unidos, em 1981. Além disto, dois prêmios Nobel já foram entregues por estudos com o referido peixe.