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Publicado em 27/03/2018.
Por Penélope Toledo (INCQS/ Fiocruz)

Fotos: Pedro Paulo Gonçalves (INCQS/ Fiocruz)

O ano letivo do Programa de Pós-Graduação em Vigilância Sanitária (PPGVS) do INCQS está oficialmente aberto a partir de 27 de março. A aula inaugural, intitulada Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde (CDTS): Um Projeto Estruturante da Fiocruz, foi ministrada pelo coordenador geral do Centro, o ex-presidente da Fiocruz Carlos Morel.

A apresentação abrangeu questões como interações entre Ciência e Tecnologia, solicitações de patentes, publicação de artigos, os caminhos da pesquisa básica à inovação, inovação no Brasil e a história do CDTS desde a sua fundação, na década de 80, até os dias atuais.

Neste último, Morel abordou o planejamento estratégico do Centro, suas bases conceituais, parcerias, prestação de serviços tecnológicos e as possibilidades de contribuição na área de vigilância sanitária.

Ele também falou sobre os principais marcos, tais quais as aprovações do projeto básico (2004) e do projeto executivo (2005), a primeira e a segunda licitações e o início das obras de construção do seu prédio, e a definição de suas competências pelo VII Congresso Interno da Fiocruz.

“A Fiocruz decidiu criar o CDTS, porque o país está atrasado e ultrapassado no que diz respeito ao desenvolvimento tecnológico e à inovação, embora exibam uma produção científica razoável para um país em desenvolvimento. Por este motivo, necessitam investir na tradução do conhecimento em intervenções como vacinas, fármacos e biofármacos, kits diagnósticos etc”, explicou.

O Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde atua nos processos de inovação na área de saúde. É o interlocutor na conexão entre a geração de conhecimento básico, o desenvolvimento tecnológico e a produção voltada às necessidades da população. Além disto, desenvolve ferramentas, produtos e serviços para uso em saúde pública, a partir do conhecimento científico e tecnológico gerado em universidades e centros de pesquisa.

“O foco inicial do Centro são doenças negligenciadas e a inovação”, especificou Morel.


O palestrante:

Médico, biofísico e pesquisador, Carlos Morel presidiu a Fiocruz entre 1993 e 1997. Ele também coordenou o Programa Especial para Pesquisa e Treinamento em Doenças Tropicais da Organização Mundial de Saúde (OMS), de 1998 a 2004 e é membro da Academia Brasileira de Ciências (ABC).