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Publicado em 21/09/2018.
Por Penélope Toledo (INCQS/ Fiocruz)

A data 21 de setembro é o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, instituída pela lei nº 11.133/2005. O INCQS saúda todas as pessoas com deficiência (PCD) e destaca a importância da equidade e da inclusão.

O quadro profissional de trabalhadores do Instituto possui 16 pessoas com deficiência auditiva, distribuídas pelos quatro departamentos técnico-científicos (Farmacologia e Toxicologia; Imunologia; Microbiologia; Química), fruto de uma parceria com o Centro de Vida Independente do Rio de Janeiro (CVI).

Uma destas trabalhadoras é Cristina Michiko, da Sala de Amostras. O INCQS foi o seu primeiro emprego, no qual ela permanece há 24 anos. Neste tempo, segundo contou, ela melhorou conseguiu desenvolver melhor a sua fala oral, bem como por libras:

“É muito difícil para uma pessoa com deficiência conseguir um emprego lá fora, pois não nos dão muitas oportunidades. O INCQS me salvou e, além de tudo, é um lugar lindo”, declarou.

Carlos Renato Lucena Brito, do Departamento de Imunologia (DI), concorda sobre a dificuldade de conseguir emprego em outros locais. Além disto, conforme informou, há pouca estrutura para receber a PCD:

“Já trabalhei em outros locais, mas gosto mais daqui do INCQS. Uma das vantagens é que tem profissionais que falam em libras. E os que não falam, têm paciência para nos entender e nos e ensinar os trabalhos”, disse.

Maria Betânia Brito de Souza, do Departamento de Farmacologia e Toxicologia (DFT), funcionária da Casa há 23 anos, também elogiou o tratamento que recebe:

“Eu gosto muito do INCQS e dos colegas de trabalho. Estou no Instituto desde 1995 e pretendo ficar mais. Somos 16 pessoas com deficiência auditiva”, reforçou.

Além disto, o INCQS planeja desenvolver obras para facilitar a mobilidade de deficientes físicos e tem a questão da acessibilidade pautada no processo de reformulação de seu site institucional, com adaptações como navegação pelo teclado, visualização em alto contraste, ampliação ou redução do tamanho das letras e teclas de atalho, dentre outras.

Mayara Rosa, a “novata” na turma, está no INCQS há quatro anos, mais especificamente, na secretaria do Departamento de Microbiologia (DM). No Instituto ela adquiriu a experiência profissional que possui e se desenvolveu socialmente, passando a interagir mais com os colegas de trabalho. Ela se diz satisfeita, mas acredita que a estrutura para as pessoas com deficiência auditiva possa ser aperfeiçoada:

“Aqui eu aprendi muito, tudo o que sei profissionalmente, foi o INCQS que me ensinou. Acho que algumas coisas podem melhorar para que as PCDs sejam mais incluídas, como por exemplo, ter mais tradutores em libras nos eventos institucionais”, apontou.

O ano de 2018 também marca os 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) da Organização das Nações Unidas (ONU).